A partir do anúncio da Pandemia mundial do novo Coronavírus, a vida de todos nós, maçons e profanos, começou a mudar, de forma radical. A rotina e o trabalho das pessoas, de repente, se transformaram. As relações pessoais mudaram. A vida das pessoas, em todo o mundo, mudou.
É indiscutível que, finda a Pandemia, encontraremos um mundo absolutamente reconfigurado. E com a nossa Ordem, certamente, não será diferente. Teremos nos adequar a essa nova realidade mundial. Precisamos continuar a missão a que nos propusemos, qual seja, a de promover a (re) construção social, ao tempo em que, evidentemente, nos esculpimos.
De todo modo, a Maçonaria, como sabemos, é uma instituição que cultiva e promove valores. E valores, meus queridos irmãos, não mudam. Valores permanecem intactos, independentemente dos acontecimentos históricos.
Foi assim durante as grandes guerras e conflitos regionais, nas várias pandemias que aconteceram no mundo, como a da peste negra, a da cólera, a da gripe espanhola e, mais recentemente, da gripe suína, em 2009. Em todos esses momentos, a Maçonaria cumpriu um papel preponderante, assim como ocorreu no processo de redemocratização do País.
Mas, e quanto ao Maçom? O Maçom mudará? É evidente que sim, assim como mudaram os irmãos que vivenciaram os episódios a que nos referimos acima. Somos Maçons, mas estamos inseridos no mundo. Com efeito, teremos de nos adequar à vida cotidiana que esse período nos imporá a todos, não perdendo de vista, contudo, os ideais que, como Maçons, perseguimos, quais sejam, a Liberdade, a Igualdade, a Fraternidade, a Esperança, a Caridade, a Justiça, a Retidão, a Honra, a Beleza, a Força e a Sabedoria, entre tantos outros valores que a Maçonaria cultiva.
Façamos dessa Pandemia uma espécie de catalisador maçônico, que poderá acelerar nossa tarefa de trabalharmos a pedra bruta. Agora, mais do que nunca, precisamos incentivar os Irmãos ao estudo e à reflexão, para que nos tornemos elementos ainda mais úteis à sociedade em que estamos inseridos, cumprindo, assim, nosso principal desiderato, a saber, atingir a condição de Pedra Cúbica.
Um Tríplice e Fraternal Abraços a todos!
Gelson Menegatti Filho - Grão-Mestre