Meus amados irmãos,
Em sua obra “O Desafio das Mudanças” (A Trolha, pag. 162), o irmão Octacílio Schüler Sobrinho escreveu que ‘a vocação dos Maçons é descobrir e investigar quem é o próximo, o necessitado que merece ser assistido. Ele não espera encontrar um ferido à beira da estrada, mas, antecipa-se para que este não se fira’.
Vivemos dias difíceis, do ponto de vista da saúde, principalmente, mas, também, no que se refere à economia, fortemente penalizada em razão da Pandemia mundial do novo Coronavírus. Temos visto que, mesmo após a relativização das medidas de isolamento em Cuiabá e nas grandes cidades do estado, o que possibilitou a reabertura do comércio, a economia não vem mostrando sinais de recuperação.
Em contato com empresários de vários setores do comércio, de Mato Grosso e de outros estados, pudemos sentir o quão é grande sua angustia, especialmente entre os micro e pequenos empresários, muitos dos quais nossos irmãos. Segundo sua grande maioria, o movimento após a reabertura do comércio não chega a 30% (trinta por cento) do que era antes da pandemia. E isso é muito preocupante.
Nesse momento, portanto, entendemos que, como verdadeiros Maçons que somos, devemos nos dar as mãos, ajudando-nos uns aos outros até sairmos dessa crise, que esperamos seja breve, ao contrário do que as previsões apontam. O momento é de união e de fraternidade entre os irmãos. E isso, meus irmãos, está na essência da Maçonaria.
Com efeito, surge-nos uma pergunta: de quem você está comprando gêneros de primeira necessidade ou, até, aqueles de menor prioridade? Sabemos nós que há inúmeros irmãos, pequenos, médios e grandes empresários que estão preparados para nos fornecer, com excelência, tudo o que adquirimos para o dia a dia. Você tem optado por adquirir produtos e serviços da família maçônica, ou seja, de irmãos, cunhadas e sobrinhos comerciantes? O que falta pra fazermos isso?
Precisamos e podemos estimular esse gesto, porquanto a fraternidade constitui fator primordial da convivência harmoniosa, condição inerente aos Maçons. Precisamos descortinar em nosso meio o valor intrínseco da fraternidade, sentimento que expressa de forma genuína a ideia de afeto, de união e de carinho, daí decorrendo a necessidade de socorrer os irmãos, antever suas necessidades, mitigar seus infortúnios, auxiliá-los com conselhos ou oferecer-lhes os ombros.
A propósito, nunca a famosa frase ‘Um por todos, todos por um’, eternizada no filme “Os Três Mosqueteiros” e que expressou um aforismo universal representativo da união de todos em torno de um objetivo, foi tão atual e adequada à nossa realidade. Não espere, portanto, que o irmão suplique por sua ajuda. Identifique-o, investigue suas necessidades. Veja se ele oferece, em seu comércio, os produtos ou serviços de que você necessita. Faça isso! Ainda há tempo!
Irmão compra de irmão!
Fraternalmente,
Gelson Menegatti Filho - Soberano Grão-Mestre