NOSSO MAIOR LEGADO
Construir uma sociedade justa demanda esforço de todos os segmentos, principalmente, das instituições que têm papel filantrópico, fraterno e educacional. Então, o ato de preparar adequadamente pessoas que vão atuar como formadores nas mais diversas áreas do conhecimento assume um papel dos mais relevantes no mundo contemporâneo. Nas Lojas Maçônicas, a discussão filosófica e os conteúdos críticos da sociedade são relativamente pequenos em função da ritualista das sessões cotidianas, e também os assuntos administrativos das mesmas.
Ao analisarmos a quantificação e qualificação da maçonaria, veremos números esclarecedores e preocupantes em relação à condução de nossos propósitos enquanto maçons. Dai a COMAB e o GOEMT terem se lançado no campo de formar o líder Maçom, capacitando seus mestres para que cada um seja o representante dos nossos sublimes mistérios pelo estudo de nossa concepção maçônica, ou seja, nossa formação filosófica, histórica, antropológica e teológica. Ser Mestre Maçom é ser o representante de todo nosso conhecimento, por isso o terceiro grau refere-se a ser exaltado a Mestre Maçom. Mestre é quem ensina e dirige uma Instituição. A ele cabe toda responsabilidade de formar outros mestres. E nós, estamos formando outros maçons com os nossos conhecimentos ou apenas só informando?
O cenário da Maçonaria no Brasil, em números, traduz uma situação um pouco melancólica: cerca de 50% do número de maçons ativos são placetados, estão fora das nossas Oficinas. Por que? Nossas sessões estão fora do nosso tempo, muita vaidade, ou disputa de poder em busca de cargos?. Para que? Neste cenário, trabalhamos na formação do líder Maçom e investimos no nivelamento e aperfeiçoamento do Mestre Maçom. E assim foi feito com a criação da Grande Secretaria de Formação e Cultura Maçônica, que passou a desenvolver trabalhos em busca de apontar ações para dirimir esta nossa deficiência. Sempre em consonância com o Grão-Mestrado a Secretaria de Formação e Cultura Maçônica, em acordo com a COMAB e as outras Grandes Secretarias do GOEMT, procurou alternativa e metodologias para informar e formar nossos Mestres Maçons em nossos Sublimes Mistérios.
No Brasil, a Maçonaria do Século XXI tem, na maioria de seus quadros, maçons na faixa etária acima de 50 anos, e uma concentração de maçons no eixo Sul e Sudeste, onde se coloca uma maior atenção às atividades e aos conceitos, e as concepções maçônicas com mais propriedades e atenção. Isso nos leva a ter cuidado com as demais regiões do país, que em sua grande maioria não tem os mesmos cuidados com a formação de seus quadros pelas administrações centrais de suas potências maçônicas, o que muitas vezes reflete em situações conflitantes entres as próprias Obediências por falta de orientação e direcionamentos.
Como queremos a Instituição maçônica para os próximos anos. A resposta esta na formação do Mestre Maçom. Aprofundar a reflexão teórica conceitual, a partir da interlocução da comunidade maçônica envolvida com o crescimento e o reconhecimento do Grande Oriente. Além de estabelecer o diálogo com a sociedade em geral, aprendendo e refletindo as práticas sociais da Potência e fora dela. Também divulgar o saber sistematizado na comunidade maçônica de nossa Instituição, a respeito da cultura e o desenvolvimento da maçonaria. Além de promover um nivelamento conceitual dos conhecimentos maçônicos.
Precisamos então é refletir e agir em formar e aperfeiçoar o Líder Maçom, cuja ação estratégica está vinculada a alinhar o processo de formação do nosso quadro, respeitando as peculiaridades regionais, compartilhando informações, materiais e tecnologia aplicada.